quinta-feira, 22 de abril de 2010

Praça Batista Campos

 Você que ainda não conhece Belém, eu tenho uma sugestão de local pra conhecer. É um lugar que não está na maioria dos roteiros de City tour sugeridos por agencias.
Eu tenho um carinho inestimável por este lugar, afinal, foi onde passei boa parte parte da minha infância e adolescência.  
Mas para entender um pouco da importância desse local, não apenas para mim, mas para histórica aqui vai uma minuta: No século XIX, essa área pertencia a Maria Manoela de Figueira e Salvaterra, sendo mais conhecido na época como “Largo da Salvaterra”. Com a morte da proprietária, as terras passaram para as mãos da Câmara Municipal de Belém, sendo a partir desse momento chamada de “Praça Sergipe” em homenagem à nova província brasileira.
Em 1897, durante o governo de Antônio Lemos, a praça passou a homenagear um dos principais personagens da Cabanagem: Cônego Batista Campos, morto em 1834. era um local simples com poucas mangueiras mas em 14 de fevereiro de 1904, no dia de sua inauguração já era uma das mais belas praças de Belém.
Mas quem foi João Batista Gonçalves Campos?  Já sabemos que foi figura importante da Cabanagem, e para os curiosos assim como eu aqui está um pequeno resumo: “(Barcarena, 1782 — Barcarena, 31 de dezembro de 1834) foi um cônego, jornalista e advogado brasileiro. Foi um importante ativista político da história do que atualmente é o estado do Pará, desde a época que antecedeu a Independência do Brasil até as lutas partidárias que culminaram com a explosão do movimento da Cabanagem (1835-1840), ocorrido durante o período da regência provisória. Autor intelectual da Cabanagem, alimentou, com suas atitudes corajosas e com seu verbo entusiasmado, a resistência contra o governador da província Bernardo Lobo de Sousa, por isso teve de refugiar-se no interior da Província, para escapar às perseguições do governo. Redigiu o primeiro jornal publicado em Belém - "O Paraense" - e a seguir o "O Publicador Amazoniense". Em 1834, enquanto Batista Campos fazia a barba, provocou, por descuido, um corte profundo em uma espinha no rosto por intermédio da navalha que usava. O ferimento aparentemente irrelevante infeccionou, provavelmente acentuado pelas condições geográficas da Amazônia, o que ocasionou a morte de Batista Campos em 31 de dezembro de 1834. Seu corpo foi enterrado na Vila de Barcarena e, mais de 150 anos depois, em 1985, seus restos mortais foram retirados do local de sepultamento, colocados em uma urna, e levados em carreata pela cidade de Belém, na comemoração dos 150 anos da Cabanagem, sendo posteriormente carregados a um monumento comemorativo na capital paraense.
Os restos de Batista Campos atualmente descansam na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré ou Matriz, em Barcarena”
A praça Batista Campos honra com muita beleza e simplicidade essa homenagem a um homem tão importante.
Ótimo local para caminhadas (exercícios físicos são importantes), tomar uma boa água de côco, passear com crianças, e excelentes locais para namorar (com todo respeito, afinal é uma praça familiar).
Ao seu redor sua calçadas têm um revestimento de mosaico português com motivos marajoaras. A praça possui coreto, cursos d'água com pontes e está jardinada com árvores nativas.
A Praça Batista Campos foi tombada pelo município em 1983. Em 1986, ganhou novos equipamentos e passou por uma restauração buscando características perdidas no início do século XX, durante a primeira reforma.
Desde 1997, a Associação dos Amigos da Praça Batista Campos (AAPBC) também ajuda a preservá-la.
Em 2005, ganhou o "Prêmio 100 Mais Brasil", da Revista Seleções, como a mais bela praça do país.
Em 2008, a praça passou por uma grande restauração coordenada pela empresa Engetower Engenharia, ganhando um ar mais moderno e organizado, porém mantendo suas principais características, como seu ajardinamento sem grades, plantas ornamentais, córregos, pontes, bancos, caramanchões, chafariz e coretos de ferro”

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