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O Tacacá é um prato onde a mandioca brava é a sua base. Da mandioca é extraído um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, colocado sobre goma(também retirado da mandioca) e para finalizar camarão e jambu(bastante conhecido por provocar trimilique ou dormência nos lábios). O grande segredo do tacacá é ser servido muito mas muito quente, em cuias temperado com sal e, se preferir, com aquela pimenta.
Sua origem é dos indígenas, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominada mani poi.
O que mais me espanta no tacacá é que se trata de um alimento cheio de paradoxos afinal estou escrevendo de um líquido tão fino que parece um suco, mas que é um caldo que a gente come, e que mesmo pelando de quente e sendo tradicionalmente é consumido durante as horas mais quentes do dia é extremamente refrescante. Quando paro para pensar que essa receita veio dos indígenas passou por algumas modificações até se tornar uma das principais características da cultura do Norte do país, vejo que a tradição é um dos pontos mais marcantes da nossa cultura.
Tratando-se de turismo cultural, hoje o tacacá é servido em ambientes mais sofisticados como restaurantes docerias e lanchonetes, visando receber nossos visitantes com tudo que há de bom em termos de cultura e gastronomia, mas o tradicional e mais gostoso é tomar aquela bela cuida de Tacacá na barraquinha da esquina servido pelas figuras marcantes das Tacacazeiras. Senhoras muito simpáticas de preferência vestidas como uma verdadeira cabocla paraense.
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Fonte: internet - Antonieta Santos Feio, 1937, óleo sobre tela, 94,6 x 118,2cm, Acervo do Museu de Arte de Belém @MABE
As barraquinhas das Tacacazeiras são organizadas de forma a cada um dos ingredientes fique em recipientes próprio sendo mantidos quentes para que seja montada a cuia de tacacá na hora. Os ingredientes utilizados para esta iguaria são encontrados principalmente no Ver-o-Peso, mas é comum ser encontrado em supermercados. O importante é que essa tradição não acabe.
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